CINEMA SINDICAL
“Terra Para Rose” e um documentário,
dirigido por Tetê Morais que se passa na década de 80, período de transição
política, pós ditadura militar e inicio da democracia no país, o documentário
aborda o tema da Reforma agraria, trazendo um resgate histórico da criação do
Movimento Sem Terra (MST), suas dificuldades e ganhos sociais, traz de forma
clara a luta por terras e garantia do direito, previsto pelo Estatuto da Terra
criado pela Lei 4.504 de 30/11/1964 e posteriormente pelo Decreto Nº 91766, de
10 de outubro de 1985, que aprova o Plano Nacional de Reforma Agraria (PNRA)
sancionado pelo então presidente Jose Sarney.
O documentário exemplifica a
realidade de 1500 família (que integram o MST nos sul do país), que montaram acampamento
na fazenda Anoni (Rio Grande do Sul), considerada improdutiva na época.
Para representar as famílias Tetê
Moraes, acompanha a jornada de algumas mulheres como: Dilma, Rita, Lucí, Wanda,
e Rose que originou o nome do documentário sendo que esta teve o primeiro filho
no acampamento montado na Fazenda Anoni, este filho recebeu o nome de Marcos e
tornou-se símbolo da terra, de vida e de esperança.
O documentário Terra para Rose
retrata de forma objetiva a mobilização social do MST. Percebe-se no decorrer
do documentário como o movimento outrora isolado ganha apoio e repercussão
nacional, para exemplificar tal momento podemos citar a longa caminhada que
percorreu aproximadamente 500 quilômetros rumo a Assembleia Legislativa de
Porto Alegre.